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No dia Mundial do Autismo, ONU quer empoderar mulheres autistas | Paiva Junior
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No dia Mundial do Autismo, ONU quer empoderar mulheres autistas

O tema de 2018 da ONU (Organização das Nações Unidas) para o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, próximo dia 2 de abril, será “Empoderando Mulheres e Meninas com Autismo” (“Empowering Women and Girls with Autism”, no original em inglês). A data é celebrada anualmente, em todo o mundo, iluminando grandes monumentos de azul. No Brasil, o mais famoso deles é o Cristo Redentor, que todo ano ilumina-se de azul para lembrar a data.

Em novembro de 2017, a Assembleia Geral da ONU adotou uma resolução chamando a atenção especificamente para os desafios que as mulheres e meninas com deficiência enfrentam no contexto da implementação da Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência (CDPD). A resolução expressa a preocupação de que as mulheres e meninas com deficiência estejam sujeitas a múltiplas e cruzadas formas de discriminação, que as limitam de usufruir de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais.

2018

A celebração do Dia Mundial da Conscientização do Autismo de 2018 na sede das Nações Unidas em Nova York enfocará a importância de empoderar as mulheres e meninas com autismo e evolvê-las, assim como suas organizações representativas, na formulação de políticas e decisões para enfrentar esses desafios.

Segundo a ONU, meninas com deficiência de um modo geral são “menos propensas a concluir o ensino fundamental e têm maior probabilidade de serem marginalizadas ou terem acesso negado à educação”. Em relação ao emprego há também uma grande disparidade: as mulheres com deficiência têm uma taxa de emprego mais baixa do que os homens com deficiência — e também mais baixa que as mulheres sem deficiência —, de acordo com números da Organização das Nações Unidas.

Temple Grandin é um exemplo de uma mulher com autismo (de alto funcionamento) que conseguiu seu lugar na sociedade, revolucionando as práticas para o tratamento racional de animais vivos em fazendas e abatedouros, sendo tema de um filme da HBO em 2010. Ela, porém, é uma exceção, infelizmente.

Globalmente, as mulheres têm mais probabilidades de sofrer violência física, sexual, psicológica e econômica do que os homens. Ainda segundo a instituição, as mulheres com deficiência enfrentam violência baseada no gênero a taxas desproporcionalmente mais elevadas e em formas únicas devido à discriminação e estigma com base no sexo e na deficiência.

Outras questões-chave a serem abordadas incluem desafios e oportunidades no pleno exercício dos direitos em questões relativas ao casamento, família e paternidade em igualdade de oportunidades.

TEA

O autismo, ou Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), é uma síndrome que afeta a comunicação, socialização e comportamento. Segundo números do Centro de Doenças e Prevenção do Governo dos Estados Unidos (CDC na sigla em inglês), uma em cada 68 crianças nascem com autismo (número sustentado desde a pesquisa de 2010 com informações referentes a 2002). Se considerarmos somente meninos, o número é de 1 em 42; para meninas, é 1 em 189. Não temos estatísticas oficiais no Brasil a respeito da síndrome. A ONU, através da Organização Mundial da Saúde, considera a estimativa de que aproximadamente 1% da população mundial esteja dentro do espectro do autismo.

Veja mais informações sobre o Dia Mundial de Conscientização do Autismo no site da ONU (em inglês): em www.un.org/en/events/autismday.

E leia (e assista) minha reportagem do ano passado para o Dia Mundial do Autismo, quando fui no mais avançado laboratório de pesquisa a respeito de autismo no mundo, que fica em San Diego, na Califórnia (Estados Unidos).

Mais fontes: